domingo, 20 de setembro de 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Liah (8)


De repente, um clarão e simultaneamente a um estouro ensurdecedor. Um raio atingira a caixa de energia da boate. Faíscas como fogos de artifícios formaram uma cortina no estreito beco. E ele lá, parado na entrada do beco. Liah paralisada, com medo daquela imagem macabra que acabara de ver em seus sonhos. Como que em câmera lenta, num movimento lúdico, ele se desvencilhou da capa, ergueu sem punho esquerdo. Contra as faíscas reluzentes, um objeto refletia o seu brilho. Um estouro mais forte e Liah cobriu o rosto, protegendo os olhos. Quando ergueu os rosto, só deu tempo de ver parte da capa desaparecendo pelo beco. Liah se levantou e ouviu vozes se aproximando de dentro da boate, correu pra saída do beco, mas não sem antes ver algo brilhando no chão. Liah nem parou pra ver o que era, se abaixou rapidamente, agarrou o objeto e continuou correndo. Alguns metros depois, encharcada pela chuva e quase sem fôlego, Liah parou um pouco, segurava com força o objeto em sua mão. Havia medo em seu olhar. Já não sabia dizer o que era realidade ou sonho. Olhava pra sua mão fechada, uma corrente pendia entre seus dedos. Lentamente ela abriu a mão e quase não acreditou no que viu. O pingente era uma espécie de estrela celta, numa corrente de prata que Burt nunca tirava do pescoço. "Meu Deus! Burt?" Lia correu de volta para o apartamento dele, temendo pelo pior.

(continua...)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Liah (7)


Liah corria por uma rua escura, estava chovendo muito e ela mal consegui enxergar o que vinha pela frente. Apesar dos trovões ela ouvia claramente os passos de quem vinha logo atras dela. Um vulto grande e medonho que se aproximava dela. Quando percebeu estava no beco atras da boate, sem saída, a porta dos fundos fechada, não tinha pra onde correr. Ele se aproximava devagar e parecia flutuar pelo chão praticamente alagado pela forte chuva. Suas costas tocaram a parede e ele chegou mais perto, abriu a pesada capa de chuva e tirou algo brilhante do bolso. O reflexo do relâmpago no objeto cegou Liah por um segundo e quando ela olhou novamente, ele já não estava lá. De um salto Liah acordou e quase caiu do sofá da de Burt, tão sem fôlego como se realmente estivesse correndo pela chuva. Eram quase 3 da manhã e ela não conseguiria mais dormir naquela noite. Brut dormia pesado no quarto e Liah perambulou um pouco pelo apartamento. Mas algo a incomodava, precisava voltar lá. "O sonho parecia tão real. E se for uma pista?" Saiu pela rua sozinha e como se fosse combinado, uma forte chuva começou a cair. A boate ficava a umas 3 quadras do apartamento. A rua principal estava vazia e poucos carros passavam por ali naquela hora. Chegando próximo a boate, um relâmpago cortou o céu tornando a noite clara como dia. Alguém se aproximava. Liah apressou os passos e quando deu por si, estava num flashback terrível. No beco, atras da boate, encurralada. Forçou a porta dos fundos e estava fechada. Ouviu que alguém se aproximar. Um homem alto, com um chapéu e capa de chuva. Procurava algo pra se defender, mas não havia nada. Ele ficou parado na entrada do beco. Liah não sabia o que fazer. "O criminoso sempre volta ao local do crime" pensou ela. "mas seria ele ou eu?".

(continua...)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Liah (6)


Pouco antes das onze chegaram no apartamento de Burt. Um loft no centro, com um estilo retrô bastante sofisticado. 'Típico de um solteirão bem sucedido' pensou Liah. Não havia nenhum movimento estranho por perto, então estavam a salvo. A polícia também não sabia da ligação entre eles. Burt contou que o crime deve ter ocorrido ente 5 e 6 horas da manhã. Mas Liah não fazia idéia da hora que saiu da boate. Liah se lembrava de ter conversado com alguém no mezanino, e depois... depois tudo era muito vago. 'Quem era ele?' Mas Burt só ouviu da polícia seu nome: Nuñez. Aquele nome não lhe lembrava nada. 'Já saí com alguns latinos antes, mas Nuñez...'. Ele preparou um café e tirou uma pizza da geladeira. 'Tem alguém que você queira ligar, algum lugar pra ir?' Liah vivia sozinha desde os 17 anos. Pulando de casa em casa de amigos sempre que algo dava errado. Trabalhava numa loja de discos onde ganhava o que dava pro aluguel e fazia alguns bicos como hostess. Da família ela não sabia faz tempo. Alguns ex-namorados, mas nada que valesse a pena. 'Não, tudo bem'. Antes que Burt pegasse a pizza e servisse o café, Liah já estava dormindo no sofá. Ele a cobriu e deixou que descansasse.

(continua...)

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Liah (5)


'Rápido! Vou te tirar daqui'. Ela nem olhou quem era. Ele a agarrou pelo braço e entraram numa viela que dava nos fundos de um restaurante chinês. Entraram pela porta de serviço, despistando os policiais. Sábado a noite, restaurante lotado. Facilmente eles conseguiram atravessar a cozinha e o salão chegar até a rua. Entraram num taxi que estava parado ali e seguiram pro centro da cidade. Seu salvador era Burt. Dono da boate e amigo de longa data. Liah já frequentava 'Black Cherry' antes de Burt comprá-la. Ele costumava dizer que ela veio com a mobilha. Se tornaram amigos desde então. Foi um dos funcionários de Burt quem achou o cara morto quando foi colocar o lixo pra fora. E quando a polícia achou o celular de Liah junto ao corpo, ela sabia que ela estava encrencada. 'Enfiaram uma faca na barriga dele, mas não acharam a arma e nem muitas pistas. Só você' Burt sabia que ela não poderia ter feito aquilo. Não entendia bem o porque, mas sabia. Liah contou não se lembrar de muita coisa do cara, além da tatuagem e que não sabia como tinha ido embora. Seguiram para o apartamento de Burt. Já era tarde e ela não podia voltar pra casa. Liah estava meio atordoada, sem entender direito tudo o que estava acontecendo. Mas sabia que estava segura com Burt.

(continua...)

domingo, 30 de agosto de 2009

Liah (4)

Aquelas duas quadras nunca foram tão longas, ela ia quase correndo pela calçada, mas não chegava nunca em casa. Tentava refazer seus passos de ontem. Boate, bar, pista, banheiro, bar, mezanino... 'fiquei lá um bom tempo, quase até a hora de ir embora'... mas não conseguia se lembrar do cara. O tal beco, ela sabia, era na saída dos fundos da boate, já tinha ido pra lá algumas vezes. Mas com quem ela foi ontem a noite? Quem era o cara com a tatuagem de caveira? 'Vai ver é até outra pessoa que morreu e eu cheia de neura'. Mas era estranho, na hora em que a mulher mencionou o fato, um arrepio percorreu o corpo de Liah. Tinha algo de errado. Quando chegou na esquina de casa, viu um carro da polícia na porta do seu prédio. Ela congelou por alguns estantes. Se abaixou perto de um muro de jeito que um carro bloqueasse a visão de quem estivesse na porta do prédio, e pode se aproximar mais um pouco. Ouviu um dos policiais perguntando por ela ao porteiro e ele indicando a direção por onde havia seguido. A sacola do mercado caiu no chão, quebrando a garrafa de vodka. O barulho chamou a atenção do policiais. Foi quando ela sentiu uma mão no seu ombro.

(continua...)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Liah (3)


Não mais que 3 minutos no banho, uma roupa que estava jogada na cadeira, alguns trocados da bolsa e ela desce os 2 lances de escada do seu prédio. Deu de cara com a noite mas não tirou os óculos escuros. Estranho pra um sábado, mas a rua estava vazia. Procurou o celular nos bolsos e não o achou. Na verdade não lembrava dele em casa também. 'Quando voltar eu procuro'. Há duas quadras havia um supermercado. Aspirinas, pão, queijo, suco de laranja, cigarros e uma garrafa de vodka. Na fila uma velha gorda comentava com a caixa sobre um cara encontrado morto no bairro. 'A culpa é desses jovens drogados e delinquentes', e a olhou de lado. Pensou em começar uma discussão, mas algo que ela disse chamou a atenção. 'Disseram que era um rapaz bonito, jovem, mas tinha uma caveira tatuada no pescoço'. Como um déjà vu, uma cena veio a cabeça: um beco escuro, braços fortes, beijos quentes e uma caveira no pescoço... mas quem era ele? Pagou as compras e voltou com passos rápidos pra casa.

(continua...)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Liah (2)


Ela foi direto para o bar. Uma tequila e duas cervejas depois ela tomou conta da pista. Ela se esforça mas mal consegue se lembrar de que beijou um negro na pista e uma loira no banheiro. Ela sorri... 'ainda bem que não sou racista' ela pensa. Mas e a volta pra casa? E o final da noite? Quanto mais ela se esforça pra lembrar, mais sua cabeça dói. Ela vai até a geladeira e enche uma caneca com coca-cola. Volta pra cama, deita de bruços e se cobre com o edredom. Arranca a roupa de ontem e joga no chão. Como fede a cigarro. Mais uma vez o estômago embrulha. Ela toma um gole do refrigerante e cobre a cabeça. O sol começa a bater na sua janela e a luz quase a cega. Agora já são mais de 17hrs. Ela percebe que o sol vai se pôr logo pelo tom alaranjado através da cortina.
Ela fuça entre a geladeira e os armários procurando algo pra comer. Nada. 'Há quanto tempo não vou ao mercado' ela pragueja. E resolve sair de casa pra comprar algo.

(continua...)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Liah (1)


Um barulho vindo do corredor acaba por acordá-la. Já passam das 15, mas ela não tem noção da hora. Quando ela tenta se sentar na cama, a cabeça gira e o estômago se contorce. Mal dá tempo de cambalear até o banheiro, e se jogando de joelhos com a cara no do vaso, qualquer coisa que ela tenha bebido, sai num único jato. O gosto é horrível e a aparência pior. Ela levanta e vai até pia onde se encara no espelho. A maquiagem borrada, os hematomas no pescoço, o cabelo desgrenhado e roupa de ontem denunciam que a noite foi longe demais. Lava-se a boca e o rosto. O olhos ficam mais borrados de preto. Ela tenta lembrar... imagens confusas, conversas estranhas, alguns flashs sem ligação. Ela se joga na cama e fita o teto, mas não consegue lembrar de como chegou em casa. Só de como chegou na boate. Devia ser 1hr da manhã e a casa estava lotada.

(continua...)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Todos os dias quando entro no ônibus pra ir ou voltar do trabalho, realizo o mesmo ritual: abro a bolsa, pego meu celular e ponho no colo e tiro um pequeno emaranhado de fios. Então começo a 'desemaranha-lo'. Um pequeno ritual que não leva mais que 2 minutos. Depois conecta-se um dos lados no celular, fones nos ouvidos, dou o play e sigo cantarolando muda até meu destino. Quando observo ao redor, percebo que várias pessoas realizam esse ritual. Andando pelas rual você pode ver muitas pessoas com seus fones de ouvido, falando ao celular com suas mãos livres ou simplesmente ouvindo música. No meio de uma grande cidade, em pleno horário do hush, quantas pessoas será que estão 'ligadas' a seus fones de ouvido? E se um meteoro cai na terra nesse momento e extingue toda a raça humana? Se alguns séculos depois, novos habitantes ou extra-terrestres encontrem nossos fósseis e comecem a nos pesquisar para saber que raça era aquela, quais seu hábitos e costumes? Seria muito interessante vê-los escavando o centro do Rio ou Nova York, encontrando esqueletos ligados a pequenas maquinas e a fios na altura do crânio. (Pensem bem, seriam milhares de fósseis na mesma situação!) Alguns tipo de combustível vital? Dutos para alimentação? Iam achar que nós eramos máquinas?

Ai ai... quanta viagem!!! Um pouco de besteirol às vezes faz bem!

domingo, 23 de agosto de 2009


"Eu gostaria de ver
Essa tristeza passar
Um novo samba compor
Um novo amor encontrar
Mas a tristeza é tão grande no meu peito
Não sei pra que a gente fica desse jeito"

Salve Paulinho da Viola!

sábado, 22 de agosto de 2009


Mais uma história sem final feliz... Eu queria saber o ponto exato onde tudo dá errado pra tentar consertar. Mais um sábado frio e solitário. Cansada disso. Mas antes só do que mal acompanhada, pelo menos isso eu aprendi! Há de se tirar uma lição de tudo na vida, não é verdade? Mas quantas lições eu ainda tenho que aprender? Quantas caras eu vou ter que quebrar? Em quantos pedaços meu coração ainda será partido? Quantas vezes eu ainda vou acreditar? Em quantos planos eu ainda vou investir? Em quantos sonhos eu ainda vou ter fé? Eu só queria que as coisas finalmente acontecessem. Tentar entender agora é inútil. Amanhã é um novo dia e se o fim de semana não foi como eu esperava, tenho uma semana inteira pela frente e a qualquer minuto minha vida pode mudar. Balanço... mas não caio!

***

Essa música levanta até defunto!!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O telefone tocou novamente. Fui atender e não era...

E eu me vejo novamente na passiva posição de esperar o telefone tocar. E ele toca, mas não é pra mim. Ligar ou não ligar? Esse congresso interno na minha cabeça não chega a conclusão alguma. E ele toca, mas não é ele. Não quero parecer desesperada, ligando pra cobrar um primeiro encontro e também não quero parecer que não estou nem aí, deixando que apenas ele me procure. Ligar ou não ligar? Uma mensagem talvez? O fim de semana mal começou, ainda há tempo. A sexta-feira mal começou, ainda há tempo. O pior é que o tempo mudou e chuva fina associada ao vento frio podem levar minha chance pra longe... Ligar ou não ligar? Uma mensagem mencionando o tempo? Ainda é cedo, ainda há tempo. Vem cá, com quanto tempo de antecedência um cara liga pra marcar um encontro (primeiro encontro, heim?) Mulher que é ansiosa pra essas coisas né? E homem gosta do jogo da conquista, ter as rédeas da situação. Tô me precipitando? Melhor esperar, né? Ligar ou não ligar? Uma mensagem de boa noite antes de dormir talvez?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Eu conto até 10 todos os dias. Acho que se eu convertesse em Dirhans, poderia construir minha própria Dubai. Eu queria ser uma pessoa escrota o suficiente pra mandar ir tomar no cú todo mundo que me irritasse com seus probleminhas medíocres (porque o dos outros são sempre probleminhas), suas grosserias vazias, sua ignorância, irônias, lamentações, disse-me-disse, fofocas... O tarbalhao não, mas o ambiente de trabalho tem dias que me mata! Niguém gosta de levantar cedo, com frio, pegar ônibus, engarrafamento, pedir café e levar café-com-leite, ter reunião marcada antes do horário de trabalho, atender por 6hrs seguidas clientes (que na sua maioria) são uns grossos, ter 20min pra almoçar e uma pressão enorme na cabeça de ter uma meta pra bater até o final do dia. A diferença, é como você lida com isso. Se eu sair por aí distribuindo caras azedas pra tudo que é lado, a coisa piora muito! Eu posso soar como uma "conformada" agora, mas o que não tem remédio, remediado está! Sem trabalho eu não posso ficar, e pra continuar trabalhando tenho que engolir alguns sapos! C'est la vie! Ou eu aguento ou enlouqueço. Sorriso na voz baby, sorriso na voz...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Publicar postagem
"Vê se entende, olha o meu sapato novo
Minha calça colorida o meu novo way of life
Estou tão lindo porém bem mais perigoso
Aprendi a ficar quieto e começar tudo de novo

O que eu quero, eu vou conseguir
O que eu quero, eu vou conseguir
Pois quando eu quero todos querem
Quando eu quero todo mundo pede mais
E pede bis

Eu tinha medo do seu medo
do que eu faço
Medo de cair no laço
que você me preparou
Eu tinha medo de ter que dormir mais cedo
numa cama que eu não gosto só porque você mandou...

Você é forte mais eu sou muito mais lindo
O meu cinto cintilante, a minha bota, o meu boné
Não tenho pressa, tenho muita paciência
Na esquina da falência
que eu te pego pelo pé

Olha o meu charme, minha túnica, meu terno
Eu sou o anjo do inferno que chegou pra lhe buscar
Eu vim de longe, vim de uma metamorfose
Numa nuvem de poeira que pintou pra lhe pegar

Você é forte, faz o que deseja e quer
Mas se assusta com o que eu faço, isso eu já posso ver
E foi com isso justamente que eu vi
Maravilhoso, eu aprendi que eu sou mais forte que você

O que eu quero, eu vou conseguir
O que eu quero, eu vou conseguir
Pois quando eu quero todos querem
Quando eu quero todo mundo pede mais
E pede bis, e pede mais..."

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Tem dias que dá mesmo vontade de me enfiar embaixo das cobertas e não sair nunca mais! Mas quanto mais eu penso, mais eu sonho, mais eu me iludo, mais eu espero...
Foi muita esperança pra pouca coisa;
muita expectativa pra pouca coisa;
muito alarde pra pouca coisa;
muita tempestade pra pouca coisa;
muito barulho pra pouca coisa;
muito entusiasmo pra pouca coisa;
muita vontade pra pouca coisa;
muita sede pra pouca coisa;
muito desejo pra pouca coisa;
muito anseio pra pouca coisa;
Foi pouca coisa e eu esperando demais (como sempre).
"Criar expectativa demais é um passo pra decepção" foi o que me disseram hoje e eu mesma completo: "um passo enooooooorme!!! na verdade... um belo de um tombo!"
Será que vou estar sempre fadada a isso? A ter ao alcance das mãos só pra assistir se afastar de mim? Juro que eu tento analisar, mas não acho lógica. Vai ver existe mesmo um destino traçado, e não há nada que eu possa fazer pra mudar um futuro, que a julgar pelo presente, será bastante cruel comigo. Makytub? Foda-se! Eu não acredito nisso. Mas juro que queria uma receita, daquelas caseira e eficazes contra a ilusão (ou desilusão). Whatever...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Quando você já não quer mais se conformar, parece não haver 'porque' que justifique acontecimentos em nossa vida. Tudo poderia ser tão mais simples, sem rodeios, sem sofrimentos, sem contratempos. Mas sempre há pedras no caminho, dificuldades ou imprevisibilidades tão loucas que não tem jeito, sou obrigada a perguntar: o que foi que eu fiz pra merecer isso? Ou o que eu fiz pra não merecer? Ou o que deixei de fazer?! Dessa vez foi tirar doce da boca de criança. Eu sei que ainda pode ser que seja, mas tudo isso é tão desanimador... não quero perder o entusiasmo e ao mesmo tempo não sei se realmente vale a pena manter o pique. Essa minha dúvida é tão idiota quanto essa angústia. Eu disse que queria tudo, com todos os prós e contras. E ainda quero. Mas porque todo esse desespero? E porque toda essa dificuldade? Isso me faz mal, isso me deixa doente fisicamente. Ontem fui dormir chorando, com pena de mim mesma por ser tão sonhadora e tão idiota. "Quanto maior a expectativa, maior a queda", foi o que me disseram. E é verdade. A gente chora por amor, chora por um amor não correspondido, mas se lamentar por um amor que ainda não existe? Que pode nem vir a existir?! Isso é loucura. É tipico de quem procura um amor desesperadamente. É o tipo de neura que só existe em cabeça de mulher, ou será que só exite na cabeça dessa mulher que vos escreve? Bem, não sei. Sei que hoje acordei mal e não fui trabalhar. A barriga dói, o estômago dá voltas e a cabeça parece que vai explodir. Levantei, tomei um banho, me vesti pro trabalho e voltei pra cama. A minha intuição (ou sexto sentido) me avisou pra não sair de casa ontem e foi o certo, não vou ignorá-la hoje. Melhoras pra mim. No plano físico e psicológico.
Quando a minha estrada parecia que ia endireitar, aparece uma curva no meu caminho. Mas curvas não mudam o caminho, só fazem com que a gente desacelere um pouco e em muitos casos isso é bom. A pressa é inimiga da perfeição. Um ditado velho, mas muito bem aplicado. Muita ansiedade, muita expectativa, muita pressa. Tudo isso parece que te impulsiona, mas na verdade, não te leva a lugar algum. Me sinto meio peru-tonto sabe? Ciscando de um lado pro outro, mas sem sair do lugar! Aí, quando por algum motivo, a gente é obrigado a frear, parece que as coisas entram nos eixos, ficam mais claras e dá pra pensar um pouco melhor e com calma. Segura o volante com firmeza, passa a marcha certa, pisa no pedal e depois da curva, a gente acelera com mais segurança e segue em frente.
A vida sempre segue, mas no seu ritmo...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Eu ia falar sobre um monte de confusões sentimentais pelas quais meu coração passou recentemente. Ia falar de alguém que hoje me despertou um sentimento que eu nunca imaginei que sentiria por ele: pena. Eu ia falar de coisas que já não me importam mais... Porque o que realmente importa pra mim hoje é que ele me ligou ontem. Sim... alguém novo na minha vida e que me desperta uma série de velhas-novas sensações, algumas que eu até já havia esquecido. Juro... eu havia me esquecido de como é bom receber um telefonema antes de dormir, ouvir uma mínima palavra de carinho que seja, jogar conversa fora, ficar sem assunto e marcar o 'primeiro encontro'. É, eu tinha me esquecido do prazer da conquista, de pensar em que roupa vestir, de ficar ansiosa em tentar imaginar como vai ser a noite de amanhã e de custar a dormir pensando em tudo isso. Dá medo. Mas é um medinho bom, aquela clássica mistura de ansiedade+curiosidade+novidade+expectativa. Tô curtindo muito isso, há tempos que eu não passo por essa 'experiência'. Ai ai... se me distraio, até me pego suspirando! Pode não dar em nada, como pode dar um muita coisa! Se eu não tentar, eu nunca vou saber. e eu vou tentar do jeito certo dessa vez. Bem, fichas na mesa, apostas feitas e meu propósito está firme! Tô agradecendo a Deus pela chance e pedindo tanto a Ele que dê certo! Minha cabeça tá a mil, eu sei que minhas expectativas estão pulando dentro de mim feito pipoca! Mas sinceramente: foda-se! Vou esperar por tudo sim! Vou esperar pelo melhor! E vou me emprenhar para que o melhor aconteça! Ah se vou!

Hoje ouvi essa música e cara, percebi por quanto tempo eu fiquei nessa de
"Restos e sobras, porta dos fundos
Senhas secretas, sonhos ocultos
Fugas, mentiras, culpas e falhas
Muita espera pra pouca migalha"
Chega, né? Eu quero muito mais... eu mereço muito mais!!!

SORTE PRA MIM!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009


Eu quero... eu quero muito... eu quero mesmo!
Eu quero com todos os prós e contras
Eu quero passar por tudo de novo
Eu quero passar por tudo o que é novo
Eu quero naturalmente
Eu quero sem pressa
Eu quero descobrir
Eu quero redescobrir
Eu quero que dê certo
Eu quero que seja pra valer
Eu quero que único
Eu quero que seja recíproco
Eu quero rir
Eu quero chorar
Eu quero morrer de ciúmes
Eu quero morrer de amores
Eu quero perder a cabeça
Eu quero sonhar acordada
Eu quero suspirar
Eu quero perder o folego
Eu quero sentir
Eu quero sentir de novo!
Eu quero sentir o que é novo!
Ah... eu quero!

domingo, 9 de agosto de 2009


"Here comes the sun, here comes the sun,
and I say it's all right

Little darling, it's been a long cold lonely winter
Little darling, it feels like years since it's been here
Here comes the sun, here comes the sun
and I say it's all right

Little darling, the smiles returning to the faces
Little darling, it seems like years since it's been here
Here comes the sun, here comes the sun
and I say it's all right

Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...

Little darling, I feel that ice is slowly melting
Little darling, it seems like years since it's been clear
Here comes the sun, here comes the sun,
and I say it's all right
It's all right"

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sorriso Bobo...

Justificar
Caminho de volta do trabalho pra casa, sexta-feira, cansada pra caralho, ônibus lotado, engarrafamento, sol na cara, gente chata, fones no ouvido, música boa, a cabeça voa, você lembra da noite de ontem... e pronto! Um sorriso bobo no canto da boca. Mulher é bicho besta mesmo! Meu Deus! Como pode?! Mas eu adoro! Adoro coisas que acontecem assim, do nada, quando menos se espera, de onde menos se imagina! E assim é sempre mais gostoso! Quando que eu poderia imaginar, que numa quinta-feira, depois do trabalho, depois de enfrentar algumas horas de agulhadas pra retocar uma tattoo, isso poderia acontecer?! Nunca! Mas é fato: quem procura não acha!!! As coisas acontecem quando e porque teem que acontecer. Só que vai aceitar isso? É foda! E que sempre quero tudo pra ontem, não sei esperar que 'as coisas aconteçam', não aceito que 'tudo tem a sua hora'... mas é fato, eu digo e repito: "não existem coincidências, apenas a ilusão da coincidência" E agora é aquilo! O que vai acontecer daqui pra frente? Juro! Juro mesmo que não vou criar nenhuma espectativa... mas já era! Eu quero mais! Eu quero a minha chance! Que ela venha... a seu tempo e a seu modo! E que eu saiba dar tempo ao tempo e saiba esperar!!!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Collor diz:


"Ah, manda ele:"

( ) Se fuder?
( ) Tomar no cú?
( ) Ir à merda?
( ) Para puta que o pariu?
( ) Catar coquinho?
( ) Plantar batatas?
( ) Tomar banho?
( ) Procurar sua turma?
( ) Arrumar o que fazer?
( ) Ver se eu tô na esquina?
( ) N.R.A.

terça-feira, 4 de agosto de 2009


Pois é... queria tanto, agora acho que não quero mais.
Aliás, eu quero sim, mas não desse jeito.
Quer dizer, até quero desse jeito, mas acho que não vale à pena.
Pode até valer à pena, mas não vai ser tão legal.
Quem sabe até seja legal, mas não é a mesma coisa.
É... nunca mais vai ser a mesma coisa.
Já não era a mesma coisa antes, agora então... vai ser pior.
Vou ou não vou?
Should I stay or should I go?
Caso ou compro uma bicicleta?
Ser ou não ser?
Oh vida, oh céus, oh azar...
Mas que droga!
Queria tanto, agora acho que não quero mais.

sábado, 1 de agosto de 2009


Eu queria ter o amor na mão.
Na verdade, acho que eu queria ter meu coração na palma da mão. Pra na hora em que eu dissesse 'não', apertasse ele bem forte até ele entender que não é não! Pra na hora em que eu dissesse 'sim', abrisse a mão e ele voasse longe. Pra poder tampar seus ouvido e ele não se iludir com falsas promessas. Pra poder fechar seus olhos e ele não se enganar pelas aparências.
Eu queria ter o amor na mão. Pra poder controlá-lo, conduzi-lo, manuseá-lo, usa-lo da melhor forma possível. Mas o maldito amor é incontrolável, instável, impossível de ser administrado. Você pode ter o que você quiser em suas mãos, as vezes, até mesmo o amor de outra pessoa. Mas o seu amor nunca. Esse bendito amor não escolhe hora, lugar ou situação, ele simplesmente chega. Arrebata e te desarma de todas as defesas que você acreditava que te protegeriam de tudo. Ele vem... e suas mão vão se abrindo lentamente... entregando os pontos e o coração.
Eu queria ter o amor na mão.
Na verdade, acho que eu queria ter meu coração na palma da mão. Pra na hora em que você chegar, te entregar e me entregar de corpo e alma!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Hoje é o Dia Do Orgasmo...
















...então, relaxe!
"Vou cavalgar por toda a noite
Por uma estrada colorida
Usar meus beijos como açoite
E a minha mão mais atrevida
Vou me agarrar aos seus cabelos
Pra não cair do seu galope
Vou atender aos meus apelos
Antes que o dia nos sufoque

Vou me perder de madrugada
Pra te encontrar no meu abraço
Depois de toda cavalgada
Vou me deitar no seu cansaço

Sem me importar se nesse instante
Sou dominado ou se domino
Vou me sentir como um gigante
Ou nada mais do que um menino

Estrelas mudam de lugar
Chegam mais perto só pra ver
E ainda brilham de manhã
Depois do nosso adormecer

E na grandeza desse instante
O amor cavalga sem saber
Que na beleza dessa hora
O sol espera pra nascer

Estrelas mudam de lugar
Chegam mais perto só pra ver
E ainda brilham na manhã
Depois do nosso adormecer"

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sentada em frente as salas de cinema de um shopping, num domingo a noite, fazendo hora até a minha sessão começar. Observo. Coisa que não costumo fazer. Não por educação, mas porque sou distraída mesmo. Porém, nesta noite eu observo. Pais que esperam filhos saírem de Harry Potter, pais que acompanham filhos na saída da Era do Gelo, casais rindo após A Mulher Invisível, casais trocando beijos e carinhos depois de A Proposta, grupos de amigos e pessoas mais velhas comentando Inimigo Público. E eu sem saber onde me enquadro, esperando sozinha por Halloween. Que tipo de pessoa vai ao shopping sozinha num domingo a noite pra ver um filme de terror?
Independente?
Solitária?
Maluca?
Alternativa?
Altista?
Sei lá... não acho que eu seja nada disso e acho que eu um pouco de tudo isso! Embora não goste de rótulos, tentei me identificar. Em vão! Quando fui pra fila da minha sessão, nada se enquadrava. Um pai com um garoto de uns 12 anos, alguns casais (de todos os tipos), 3 adolescentes bem patricinhas e um grupo de garotos. E eu. Antes só do que mal acompanhada. Será? Tão clichê isso, tão desculpinha de quem não tem companhia... mas não é mesmo meu caso. Acho que meu maior defeito é o que considero minha melhor qualidade. Sim. Eu sou individualista! Não gosto de depender de ninguém pra nada. Filha única bem criada! Por isso, quando quero faço, vou, aconteço... não espero nada de ninguém. Bom e mal. É um pouco solitário mesmo, mas nada que me incomode. Claro que eu preferia mil vezes ter ido ao cinema com um namorado, mas só porque eu não o tenho (ainda!) vou ficar em casa? De jeito nenhum baby! Não nasci grudada com ninguém ,não passo vontade, é como diz Madonna: "Pobre daquele cujo prazer depende da permissão de alguém"

As flores e a lua

Eu quero ver a lua sobre as flores do jardim
Completamente nua seu amor quero sentir
Atravessar o oceano só pra ter você
Você faz parte dos meus planos não quero te esquecer

Assim quando amanhecer quero te encontrar
Quero sempre ficar junto de você
Quando amanhecer quero te encontrar meu amor

Eu quero ver o sol e o novo amanhecer
Embaixo do lençol seu corpo me aquecer
Acompanhado de alegria flores e prazer
Você faz parte da minha vida eu não quero te esquecer

Assim...

D.Badu guimaraes .............cooperativa dos poetas marginais

terça-feira, 28 de julho de 2009

"mas tudo bem eu sei que um dia vai e outro vem
você ainda há de encontrar alguém pra lhe fazer o que você me fez
e ai na hora do sufoco sei você vai me procurar
com a mesma conversa que um dia me fez apaixonar
por alguém de uma falsa consideração
e ai você vai perceber que eu estou numa boa
que durante algum tempo fiquei sem ninguém
mas há males na vida que vem para o bem"

domingo, 26 de julho de 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009


Tem noites que eu sinto falta de coisas que eu nunca tive. Não, não é bem assim. Seria injusto com meus ex-namorados. Mas tem noites... Ah, malditas noites! Noites que me fazem acreditar que eu nunca tive carinho no cabelo, roçar de pés sob a coberta, respiração sincronizada, dedos entrelaçados, beijo no ombro, cabeça sobre o peito, olho no olho, promessas de amor verdadeiro, sonhos de paixão eterna. Malditas noites que me fazem sentir como a mais solitária e infeliz das mulheres, que me faz invejar o pior dos relacionamentos, que me faz me contentar com pouco, quando na verdade eu quero tanto, eu quero muito. Que me faz chorar quietinha e perguntar perguntar baixinho... até quando?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

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noite dessas eu sonhei que namorava um homem cego.
ele me abraçava e dizia que me amava.
eu chorava muito e não conseguia dizer o mesmo.
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noutro dia sonhei com o massacre da serra elétrica.
não lembro se era uma das vítimas.
ou se eu era o assassino.
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certa noite sonhei com você.
acordei com seu cheiro no meu corpo.
e sentindo a dor das suas mãos no meu quadril.
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teve uma noite que sonhei que cuidava de um bebê.
eu derramava leite no meu peito.
ele lambia.
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terça-feira, 21 de julho de 2009

Eu idealizo tanto os babacas com quem eu saio, ou pelos quais me apaixono platônicamente, que não enxergo os claros sinais que me são enviados. Ou, quando é enviado um mínimo sinal... uma fumacinha lá longe no horizonte, eu já enxergo um incêndio californiano! Poxa, sou uma mulher esclarecida, com um certo nível cultural, gosto de ler, vou ao cinema e teatro com uma boa frequência, sempre vou a shows, tenho um bom papo e sei até dançar, conheço gente interessante de todos os níveis e classes, não sou preconceituosa, sei o que é bom e o que é mal pra mim, conheço meus limites, sou independente, faço o que quero, na hora que quero, sem nunca desrespeitar os limites de ninguém. Mas tem momentos em que fico completamente cega-surda-burra! E olha que eu me esforço pra ser fria e calculista, mas é mais forte que eu. Tenho raiva de gente que subestima a própria inteligência. Sabe aquele tipinho que se faz de coitado, de burro, de sonso, de santo pra conseguir alguma coisa? Mas quando eu dou uma vacilo desses, é justamente assim que me sinto. Uma patética idiota que se rebaixou a troco de nada. Digna de pena! Pena de mim mesma. Só que ao contrário desses tipinhos, eu não faço premeditadamente, simplesmente acontece! E aí que é pior... me sinto um ser acéfalo! Uma completa imbecil! Como pode ser tão fácil me levar no bico? E aí eu digo a mim mesma: "porra Andréia, logo você foi cair nessa?!" E pior! Mais uma vez!!! E de novo e de novo e de novo... Parece que a cada vez que uma conversa-pra-boi-dormir me pega, em vez de eu ficar mais esperta, eu fico mais cega-surda-burra!

domingo, 19 de julho de 2009

Regurgitofagia com Michel Melamed
(Teatro SESC Ginástico - 19/07/09)
Matanza
(Circo Voador - 18/07/09)

sexta-feira, 17 de julho de 2009


"Na minha boca eu sinto a saliva que já secou
De tanto esperar aquele beijo, ai, aquele beijo que nunca chegou
Você é uma loucura em minha vida
Você é uma navalha para os meus olhos
Você é o estandarte da agonia que tem a lua e o sol do meio-dia"

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Às vezes, quando eu saio da minha rotina, do meu itinerário, do meu "a-mesma-coisa-todo-santo-dia", eu realmente acredito que haja algum propósito nisso. Sim. Eu acredito na Providência Divina. E acredito ainda que ela esteja presente nas pequenas coisas. Você pega o mesmo ônibus, no mesmo horário, passa pelas mesmas ruas a caminho do trabalho, almoça no mesmo restaurante, chega em casa sempre na mesma hora e etc, etc, etc... Mas num dia qualquer, como se fosse por acaso, você muda essa rotina. Não por nenhum compromisso, consulta marcada ou seja lá que razão programada o faça mudar sua agenda. Você pega um ônibus diferente ou vai de metrô, vai almoçar num restaurante diferente, se demora um pouco mais pela rua antes de ir pra casa, muda de caminho sem explicação mesmo. Só que não existe acaso, "não existem coincidências", você pode até pensar que sim, mas há. Eu consigo ver isso, consigo entender e gosto muito dessas mudanças. Tanto que até as vezes as faço propositalmente. Odeio me sentir um robôzinho e só me dar conta de que saí do trabalho, por exemplo, quando já estou dentro do ônibus, de tão automático que foi. Eu gosto de lugares diferentes, ruas diferentes, ver gente diferente, nem de seja da-casa-pro-trabalho-do-trabalho-pra-casa. Meu único problema é que eu sempre fico esperando por aquele 'sinal'. Acho que se estou fazendo algo diferente, algo diferente tem que acontecer! E é aí que me ferro! Fico esperando Algo Grandioso e me esqueço dos pequenos sinais que mencionei no início... esses sim são os significativos, são os verdadeiros, são os que acontecem todo dia, com rotina ou não! Mas eu continuo por aí: andando por ruas diferentes, pegando ônibus em pontos diferentes, chegando em casa em horários diferentes, tentando sempre o Diferente para que o Novo aconteça!

segunda-feira, 13 de julho de 2009


E se Vênus tivesse nascido assim?
Eu com certeza estaria muito mais satisfeita com meu corpo!
Mas e você?
Estaria se matando de comer pra ganhar uns quilinhos?!
Desencana...
Seja feliz do jeito que você é!!!

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domingo, 12 de julho de 2009

Oração a mim mesmo


"Que eu me permita olhar e escutar e sonhar mais. Falar menos. Chorar menos. Ver nos olhos de quem me vê a admiração que eles me têm e não a inveja que prepotentemente penso que têm. Escutar com meus ouvidos atentos e minha boca estática, as palavras que se fazem gestos e os gestos que se fazem palavras. Permitir sempre escutar aquilo que eu não tenho me permitido escutar. Saber realizar os sonhos que nascem em mim e por mim e comigo morrem por eu não os saber sonhos. Então, que eu possa viver os sonhos possíveis e os impossíveis; aqueles que morrem e ressuscitam a cada novo fruto, a cada nova flor, a cada novo calor, a cada nova geada, a cada novo dia. Que eu possa sonhar o ar, sonhar o mar, sonhar o amar, sonhar o amalgamar. Que eu me permita o silêncio das formas, dos movimentos, do impossível, da imensidão de toda profundeza. Que eu possa substituir minhas palavras pelo toque, pelo sentir, pelo compreender, pelo segredo das coisas mais raras, pela oração mental (aquela que a alma cria e que só ela, alma, ouve e só ela, alma, responde). Que eu saiba dimensionar o calor, experimentar a forma, vislumbrar as curvas, desenhar as retas, e aprender o sabor da exuberância que se mostra nas pequenas manifestações da vida. Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante. Que eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamentos. Que meu choro não seja em vão, que em vão não sejam minhas dúvidas. Que eu saiba perder meus caminhos mas saiba recuperar meus destinos com dignidade. Que eu não tenha medo de nada, principalmente de mim mesmo: - Que eu não tenha medo de meus medos! Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis, e desperte com o coração cheio de esperanças. Que eu faça de mim um homem sereno dentro de minha própria turbulência, sábio dentro de meus limites pequenos e inexatos, humilde diante de minhas grandezas tolas e ingênuas (que eu me mostre o quanto são pequenas minhas grandezas e o quanto é valiosa minha pequenez). Que eu me permita ser mãe, ser pai, e, se for preciso, ser órfão. Permita-me eu ensinar o pouco que sei e aprender o muito que não sei, traduzir o que os mestres ensinaram e compreender a alegria com que os simples traduzem suas experiências; respeitar incondicionalmente o ser; o ser por si só, por mais nada que possa ter além de sua essência, auxiliar a solidão de quem chegou, render-me ao motivo de quem partiu e aceitar a saudade de quem ficou. Que eu possa amar e ser amado. Que eu possa amar mesmo sem ser amado, fazer gentilezas quando recebo carinhos; fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas. Que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só."

(Oswaldo Antônio Begiato)

quarta-feira, 8 de julho de 2009


Se não é a melhor homenagem, é, no mínimo, a mais original!

domingo, 5 de julho de 2009

The Corrs - Only When I Sleep

"Você é apenas um barco dos sonhos
Navegando em minha mente
Você nada em meus oceanos secretos
De corais azuis e vermelhos

Seu cheiro é de incenso queimando
Seu toque ainda é sedoso
Isso alcança toda minha pele
Movendo-se de dentro
Agarra-se em meus seios

Mas é somente quando eu durmo
Vejo você em meus sonhos
Me rondando em círculos
Me virando de cabeça pra baixo

Mas eu apenas ouço você respirar
Em algum lugar do meu sono
Me rondando em círculos
Me virando de cabeça pra baixo
(apenas quando eu durmo)

E quando eu acordo do sono
Sua sombra desaparecem
Sua respiração é só a névoa do mar
Envolvendo meu corpo

Estou trabalhando durante o dia
Mas quando é hora de descansar
Estou deitada em minha cama
Ouvindo a minha respiração
Caindo do precipício

Mas é somente quando eu durmo
Vejo você em meus sonhos
Me rondando em círculos
Me virando de cabeça pra baixo"